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Mudou do iPhone para o Android? O que você precisa saber.

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Mudanças não são fáceis, e quando falamos da troca de um celular, a situação pode ser particularmente delicada se a transição não for para um dispositivo da mesma marca ou sistema operacional. Hoje sabemos que Google e Apple lideram o mercado de SOs para dispositivos móveis, e por isso mudar do iPhone para o Android pode representar um verdadeiro desafio para os usuários.

Porém, estamos aqui para ajudar: separamos 14 tópicos que detalham as principais diferenças que você poderá sentir nessa transição. Esta tudo bem: escolhendo um bom smartphone Android dificilmente você sentirá arrependimento nessa troca. No passado, as diferenças entre os sistemas eram mais gritantes. Com modificações recentes, porém, ambos são bastante seguros e personalizáveis, permitindo que o usuário tenha boa experiência de usabilidade e privacidade.

Uma conta Google sempre ao seu lado

Está pronto? Então antes de mais nada a sua primeira tarefa será criar uma conta Google. Você pode tanto criar um novo endereço no Gmail como reaproveitar seu e-mail usual, bastando cadastrá-lo durante o setup inicial do aparelho como sua conta na empresa de Mountain View.

A conta Google é essencial após mudar do iPhone para o Android pois é graças a ela que seus contatos, mensagens, apps, preferências de conteúdo e até mesmo assinatura de serviços ficarão guardadas, tornando prático o processo de troca, futuramente, por outro celular. Se você criar um Gmail, terá 15 GB de graça para trocar correspondência eletrônica, sincronizar seus registros com o Google Fotos, e ainda subir arquivos no Drive. É possível expandir essa capacidade através de planos pagos.

Nem todo celular é um top de linha

Quando você compra seu celular com iOS espera o que há de mais moderno em termos de performance e tecnologia, certo? Isso porque a Apple sempre cobrou valores elevados por todos seus lançamentos, e sendo assim sempre promoveu uma linha de produtos flagships. Atenção ao mudar do iPhone para o Android, porque obviamente um celular de R$ 800 não terá o mesmo desempenho de um dispositivo da Maçã.

No ambiente Android são três os segmentos de dispositivos: de entrada, intermediários, e flagships. Estes últimos passarão mais perto da experiência de performance e multi-tarefas com a qual você provavelmente está habituado. Esse é um universo vasto, e mesmo um intermediário premium poderá oferecer recursos que surpreendem. Por exemplo, até hoje a Apple não implementou altas taxas de atualização na sua tela ou leitura biométrica de digitais na tela. Essa já é uma realidade há anos em aparelhos que usam o SO de código aberto. Há muita coisa nova, em termos de recursos, a ser explorada!

Software de uma, hardware de outra

A não ser que você viaje até os Estados Unidos e volte com um celular Pixel, infelizmente estará utilizando um celular cujo hardware é responsabilidade da fabricante, e o software — em partes — de outra. Isso porque o Google desenvolve o Android e então licencia para marcas, que se apropriam desse código e promovem personalizações do sistema.

Você deve imaginar que existem centenas de fabricantes Android no mercado, e por isso é impossível para o Google promover a melhor integração possível entre o código e o aparelho em si. Essa é uma desvantagem do SO de código aberto, mas muitas marcas de mais renome conseguem fazer uma boa integração. Quando isso não acontece, você irá reparar que rapidamente surgem críticas quanto ao desempenho da bateria ou até em termos de performance. Procurando passar longe de marcas que possuem essa má fama você estará bem, mas é de suma importância observar outro aspecto a seguir.

Atualizações dependem da sua fabricante

Diferentemente do iPhone, no Android as atualizações dependem apenas parcialmente do Google. Todo ano a empresa de Mountain View lança uma nova versão do SO, mas ela só chega ao seu celular se for conveniente para a fabricante que o colocou no mercado, pois ela personalizou o sistema operacional para funcionar especificamente com aqueles aparelhos.

Sendo assim, é importante ficar de olho na reputação das marcas, e de cara podemos citar aqui dois exemplos, um bom e um ruim: a Samsung recentemente se comprometeu a levar três atualizações de SO para os seus flagships e intermediários mais populares, além de quatro anos de patches de segurança. Enquanto isso, a LG dá indícios de que já descontinuou as atualizações de aparelhos da linha K lançados no ano passado. Se você está mudando do iPhone para o Android, a última coisa que vai desejar é sair de um aparelho que recebe até cinco anos de atualizações para pegar um que é abandonado em 12 meses, certo?

Instalação de apps por lojas de terceiros e diretamente da internet

Pois é: no Android, se o usuário quer um app que não está na loja oficial, ele pode tê-lo se promover nenhum procedimento perigoso ou invalidador de garantia no dispositivo. Isso porque sempre foi possível utilizar lojas alternativas, como a da Amazon, para baixar apps. Também é possível baixar diretamente da internet arquivos com a extensão “.APK” para a instalação. Claro, sempre verifique a reputação das fontes que disponibilizam o download para não instalar uma verdadeira máquina de anúncios no seu celular. O golpe é muito comum, e nem sempre o Google Play Protect consegue detectar essas armadilhas no momento da instalação.

Interface com anúncios em alguns casos

Ainda falando em anúncios, pode ser que a fabricante do seu celular inclua anúncios em determinadas áreas da interface. Isso acontece bastante com os smartphones da Xiaomi, por exemplo, mas até a Samsung dispara propagandas nas notificações de vez em quando, no caso do lançamento de novos produtos. Algumas fabricantes permitirão que os ads sejam desativados, e outras não. Uma pesquisa nesse sentido se faz essencial se esse é o tipo de implementação que te incomoda.

Desinstale apps inúteis que vieram de fábrica

Com toda certeza algo chato no ambiente Android é a inclusão de apps não solicitados devido a parcerias que fabricantes promovem com empresas de software. Hoje esse é um movimento promovido de forma mais tímido pelas empresas, mas ele ainda existe. Não estranhe se comprar seu aparelho novo e notar uma infinidade de apps que não utilizará já ali, te esperando. Dê um toque longo neles e desinstale sem dó, para liberar espaço de armazenamento.

Comodidade para pagar assinaturas diretamente no app

Talvez por ter passado muito tempo com a Apple antes de mudar do iPhone para o Android você não saiba que é possível, por exemplo, assinar o Spotify Premium diretamente pelo aplicativo. Por medidas de restrição da App Store não é possível comprar uma série de assinaturas diretamente pelos apps, porque a empresa de Cupertino quer cobrar até 30% das empresas nessas transações. Talvez por acordos melhores com o Google, essas restrições não acontecem no Android. Jogue suas assinaturas para serem pagas com saldo da Play Store ou então contrate serviços diretamente com os dados do seu cartão de crédito.

Você pode sofrer um pouco com o Instagram

Infelizmente talvez você observe perda de qualidade na hora de postar alguns stories no Instagram, principalmente durante o uso de filtros. Fato é que imagens obtidas com o software nativo de câmera do celular sempre trouxeram resultados melhores do que quando utilizamos aplicativos de terceiros, mas a rede social de fotos sempre promoveu um esforço para incluir no app drivers benéficos para as lentes dos iPhones realizarem registros de alta qualidade.

Quando falamos de Android e seu universo com, literalmente, milhares de aparelhos, damos uma tarefa impossível para o Instagram, que processa na maioria esmagadora das vezes as imagens e vídeos registrados nos stories com qualidade inferior. A Samsung conseguiu, por um tempo, manter uma parceria interessante com a rede social quando lançou o Galaxy S10. Após algumas atualizações — e com a geração seguinte de dispositivos — nunca mais se ouviu falar da otimização de imagens para a plataforma online de fotos.

Não será possível usar o seu Apple Watch

O Apple Watch é dos melhores acessórios inteligentes do mercado e uma mão na roda para verificações de saúde. Também é um dos smartwatches mais populares do mercado, e por isso não seria surpreendente se você estivesse planejando mudar do iPhone para o Android mantendo o seu relógio. Infelizmente não trazemos boas notícias nesse caso: o Apple Watch não tem compatibilidade oficial com o SO do Google.

Você até poderá usar seus AirPods sem problemas, mas precisará aposentar ou revender seu relógio da Maçã e migrar para uma solução Wear OS, Tizen, ou outra compatível com Android. A boa notícia é que hoje a maioria dos produtos do mercado possuem os mesmos sensores e recursos de um Apple Watch, promovendo acompanhamento de batimentos cardíacos, leituras de sono, ofertando função de oxímetro e eletrocardiograma.

Sem botão físico para silenciar notificações

Uma invenção muito prática do iPhone é o seu botão físico para desativar imediatamente todos os sons do aparelho. Bem, por motivos desconhecidos, no universo Android apenas a OnePlus traz esse tipo de função. E como a marca não vende seus produtos oficialmente por aqui, trabalhamos com a realidade de 99,99% dos usuários brasileiros, que precisam navegar através da barra de notificações para silenciar via software os barulhos do telefone. Isso toma alguns segundos, e no início da mudança do iPhone para o Android pode ser chato. Pois é.

Aumente o espaço com um cartão microSD

Talvez você fique um pouco maravilhado com o que vamos dizer a seguir, mas sim, é possível expandir a capacidade de armazenamento do seu celular depois de mudar do iPhone para o Android. Isso porque a maioria dos smarthphones que usam o SO de código aberto trazem um espaço para cartão microSD. Assim, enquanto os 64, 128 ou 256 GB de armazenamento interno do seu celular são essenciais para a instalação de apps, você pode remanejar fotos, vídeos, downloads e até o cache de alguns dos programas para um cartão de 512 GB, 1 TB ou mais (a depender da compatibilidade do seu dispositivo).

Personalize como quiser

Tudo bem que desde o iOS 14 tornou-se possível utilizar widgets no iPhone, mas essa é uma realidade no Android há pelo menos uma década. E mais: aqui você pode trocar a área de trabalho por um aplicativo de terceiro, que permitirá um grau ainda maior de personalização, possibilitando o redesenho da grade de apps, personalização de pastas, inclusão de papéis de parede interativos, novos ícones e muito mais.

Integração mais complicada de dispositivos

Um ponto muito forte dos produtos da Apple é a fácil integração entre eles, o que infelizmente não é uma realidade tão forte aqui do outro lado. Por isso, durante a mudança do iPhone para o Android é importante observar se a fabricante do seu próximo celular também oferece um ecossistema inteligente de produtos domésticos. No Brasil, a marca mais forte nesse sentido é a Samsung, que traz não só celulares como sistemas de som, Smart TVs, e ainda o app SmartThings para fazer ponte dos seus eletrônicos com a Amazon Alexa, por exemplo. Fora do iOS se torna essencial pesquisar como cada produto pode se comunicar com os que você já tem, pois dificilmente achará tudo que precisa — ou simplesmente quer — com a mesma empresa, ao menos no Brasil.

Sendo assim, esperamos ter desmistificado um pouco o processo de troca do iPhone para o Android. Você também pode conferir nosso tutorial sobre quanto tempo dura um celular, que traz dicas adicionais para começar sua aventura Google com o pé direito.

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